A necessidade de se articular melhor para conseguir aprovar projetos que garantam o suporte financeiro das atividades foi uma das principais conclusões da avaliação que os juristas populares fizeram da atuação em 2005. A discussão aconteceu durante a Avaliação e Planejamento da Rede de Juristas Populares, nos dias 3 e 4 de dezembro, no Centro de Ensino da Polícia Militar, em Mangabeira. Para atender a uma aprte dessa necessidade, os juristas vão eleger uma entidade âncora para servir como referência na hora de encaminhar os projetos.

Em relação à articulação, os juristas avaliaram que ela deve ser melhorada dentro dos núcleos e que também é preciso resgatar os juristas que não estão participando do movimento. Atualmente, apenas um terço dos juristas formados pelo curso oferecido pela Fundação Margarida Maria Alves estão atuando na rede, sendo que uma outro terço permanece engajada nas lutas dos seus movimentos de origem e outro grupo se afastou.

Para Maria Inês da Silva, da Flor Mulher, é importante rever os critérios de seleção dos novos cursistas para que haja maior comprometimento quando o curso termina. “É preciso dar um retorno à entidade de onde a pessoa vem e à própria Fundação, que está investindo em nós”, acredita.

Já com os olhos voltados para 2006, as perspectivas são animadoras ,pelo menos para Elionaldo Alberto da Silva, do Movimento Cidadania e Segurança. “As atividades estão se ampliando, e ao mesmo tempo estamos focalizando melhor nossa atuação, o que nos permite ter um controle melhor dos resultados”, avalia. Ele se refere a casos como o de Santa Rita, onde a luta era mais voltada à questão da mulher, mas hoje também abrange o transporte público e o meio ambiente.

Este ano os núcleos vão inovar realizando reuniões independentes das visitas de monitoramento da equipe da Fundação, o que é apontado como um amadurecimento da Rede. Segundo Maria Ana da Conceição, do Centro Dom Oscar Romero, se a agenda proposta for cumprida, os resultados já serão muito bons. Um dos destaques desse calendário é a realização de um seminário sobre gestão em meio ambiente, na primeira semana de junho, que vai culminar em sessões especiais nas Câmaras Municipais das três cidades onde a Rede atua.

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