A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM-PB), assinaram na noite da última segunda-feira (20), contratos para a construção de 200 unidades habitacionais, na Capital. A ação vai beneficiar, até o final do ano, aproximadamente, 800 pessoas de famílias com renda de até três salários mínimos. As unidades habitacionais serão edificadas em um terreno doado pela PMJP, dotado de infra-estrutura básica, como pavimentação de rua e redes de água, energia elétrica, drenagem e esgoto. O investimento da PMJP será de R$ 1,7 milhões.

A solenidade de assinatura dos contratos aconteceu no auditório da CEF, da Agência Cabo Branco, na avenida Miguel Couto, Centro. O empreendimento será construído na Rua Adão Viana, no Loteamento Colinas do Sul I, no bairro do Grotão. Cada casa terá uma área de 37,22 metros quadrados, distribuídos em sala, dois quartos, cozinha, banheiro social e lavanderia externa e custará R$ 15.630,20, valor que poderá ser pago num prazo de até 236 meses, sem juros, apenas com correção monetária pela TR. Os recursos, na ordem de R$ 3,1 milhões, são oriundos do Programa de Crédito Solidário, criado pelo Conselho Curador e regulamentado pelo Ministério das Cidades, em maio de 2004.

O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PMJP), assinou simbolicamente cinco contratos junto com os contemplados e falou do significado social do acontecimento. “Esse é um momento histórico, conheço de perto a luta de cada um de vocês, e aprendi muito durante todos esses anos. Essa não é uma luta fácil, mas o que não nos falta é vontade de fazer concretizar o sonho de uma vida segura”, comemorou Ricardo.

O superintendente da CEF, Jorge Gurgel, ressaltou a parceria com a PMJP. “Sem o incentivo da Prefeitura não poderíamos estar aqui hoje realizando definitivamente a assinatura desses contratos. Com a doação do terreno, conseguimos diminuir o valor final do imóvel. De janeiro até a primeira quinzena de fevereiro de 2006, na Paraíba, já conseguimos realizar 508 operações habitacionais no valor de R$ 9,2 milhões, o que nos deixa otimistas quanto às possibilidades de aplicação de um volume maior de recursos”, disse Gurgel.

A presidente do MNLP, Maria José Alves, foi a porta-voz do sentimento de conquista de cada um dos presentes. “A alegria de estar aqui hoje não se compara a nenhuma outra. Muitos não acreditavam que isso seria possível. É muito importante para o movimento ter o reconhecimento do governo municipal. Agora temos a esperança de uma vida nova, se há diálogo não há ocupação (invasão)”, conclui a presidente.

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