Para solucionar as demandas deste ‘balcão’, foi criado em 1999 o curso de Juristas Populares, que tinha o objetivo de formar pessoas capacitadas para serem líderes de suas comunidades e orientar os moradores nas questões jurídicas. No mesmo ano, o projeto foi aprovado pela entidade internacional Cordaid (Organização com sede em Haia, Holanda, sem fins lucrativos e que preza pelo fim da pobreza nos países menos desenvolvidos. Nesses 10 anos do projeto Curso de Formação de Juristas Populares, a Fundação já formou cerca de 150 juristas.

Paralelo ao projeto, a Fundação desenvolve trabalhos com a Rede de Juristas Populares, que é composta por quem é formado pela entidade. O objetivo da Rede é dar continuidade ao que foi aprendido no curso, prezando pelo desenvolvimento de trabalhos sociais dentro da sua área de cobertura. No total, a Rede é responsável por quatro núcleos de Juristas (Bayeux, Santa Rita, Forte Velho e João Pessoa).

Atualmente, o foco destas flores se voltou para o meio ambiente, antenadas com os problemas enfrentados pelas comunidades mais próximas das ações e muitas vezes colaboradoras do caos ambiental em que vivem. Os Juristas investem em educação através da abordagem dos moradores em locais de grande concentração, como as feiras dos bairros e até da promoção de oficinas de sabão ecológico ou plantio de mudas em matas devastadas.

Apoio – Uma outra espécie rara de flor que passou pela Fundação e deixou sementes, foi a Irmã Mary Josephine, mais conhecida como a Irmã Jô. Foi ela que indicou a Fundação quando uma amiga lhe consultou para fazer a doação de um volume de recursos que permitisse que alguma entidade brasileira adquirisse sua própria sede. Em 2005, a entidade prepara as malas e vai para a casa na rua Irineu Joffily, Centro, local onde está até os dias de hoje, deixando para a história a casa alugada na Avenida 13 de Maio.

Em 2006, encerrado o projeto de Cordaid, a entidade se mantém com o apoio das agências Cafod e Misereor para dar continuidade com os projetos. Começa, então, a luta pela sustentabilidade, atestada pelo advogado Alexandre Guedes, que fez parte da Instituição durante 13 anos e hoje é um dos membros do Conselho fiscal. “A Fundação é importante no processo de organização dos/as lutadores/as do povo em busca da conquista de políticas públicas estatais de qualidade na Paraíba”, acredita.

A Fundação também ganhou a simpatia de estudantes de Direito e Comunicação, que estagiam na entidade. “É uma conquista a participação dos estudantes de Direito porque que muitas vezes eles não se interessam por Direitos Humanos.”, afirma Marcina. Hoje em dia, as flores da Instituição estão batalhando por incentivo de fundos nacionais e internacionais para dar continuidade aos projetos. E, mesmo estando em solo urbano, as sementes e flores da instituição seguem brotando com a mesma força da Margarida que lhe batizou.

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