Aconteceu na manhã da última sexta-feira (12) a inauguração do Banco Comunitário Muçubank, na comunidade de Muçumagro, João Pessoa, e do lançamento da moeda social “Muçu Real’, em solenidade realizada na sede da Associação Comunitária Agrícola de Muçumagro (ACAM). O evento contou com apresentações de Capoeira, da Banda Marcial da Escola Antônia do S. Machado e leitura de Cordel.
O presidente da Associação, Pedro Belarmino, destaca a importância de se manter firme perante as dificuldades para se realizar um sonho. “Foi um processo longo e difícil, muitos desistiram no caminho, mas eu sempre pensei que se a gente não acreditar que amanhã a gente vai levantar e dizer “tô vivo”, a gente já está morto”. Ele continua dizendo que “por isso, passei a acreditar que se eu lutasse esse banco saia, se nós acreditarmos naquilo que vamos fazer nós conseguiremos. A partir de hoje nosso Banco Comunitário não é só inaugurado, mas está em prática e vamos manter assim”, conclui.
A solenidade de lançamento da moeda social e a inauguração do Banco Comunitário reuniu representantes de autoridades estaduais e municipais, moradores da comunidade, instituições bancárias de vários estados do Nordeste, a exemplo de Sergipe, Bahia, Ceará e Piauí e Paraíba e contou, também, com a presença do economista Paul Singer, responsável pela instalação de 107 bancos comunitários em todo o país.
Na ocasião foi lançada oficialmente o Projeto Justiça na Comunidade na Comunidade de Muçumagro, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba em parceria com a Fundação Margarida Maria Alves. O juiz Bruno Azevedo e o coordenador do Projeto, Toni Viana, entregaram ao presidente da Associação dos Moradores minuta de um convênio a ser firmado entre o Tribunal de Justiça da Paraíba e a entidade, para a instalação e desenvolvimento do Projeto com a criação de um Centro de Conciliação e Mediação na sede da associação.
O juiz Bruno Azevedo explicou que, com a instalação do projeto Justiça na Comunidade, o Tribunal de Justiça pretende disseminar a cultura da negociação, mediação e da conciliação, de modo a propiciar maior rapidez na pacificação dos conflitos, a partir de soluções geradas na própria comunidade, a partir de seus moradores. “O projeto funcionará como “piloto’ , podendo ser expandido para outras comunidades de João Pessoa e também a outras comarcas do Estado”, afirmou
Pedro Belarmino diz que vê com bastante interesse a iniciativa do Tribunal em disponibilizar o projeto na comunidade, tendo em vista que irá resolver pequenos conflitos, sem a necessidade de se marcar audiências para sua soluções. “São conflitos de familiares que podem chegar a um acordo através da junta conciliativa e, caso as partes concordem com a decisão, poderá por fim a questão. Acredito que todos não, mas a maioria dos problemas serão resolvidos aqui mesmo na comunidade”, assegurou.
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com informações da Assessoria do TJPB