A Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves expressa sua profunda indignação e repúdio diante da operação policial realizada em 28 de outubro de 2025, nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou em um massacre sem precedentes na história do estado.

As mais de cento e vinte vidas perdidas revelam a face mais cruel da violência do estado e do racismo institucional que sustentam as políticas de segurança pública no Brasil, sobretudo nas favelas, periferias e territórios populares.

Extermínio não é política de segurança!

O uso desmedido da força, o desprezo pela vida e pela dignidade humana e a falta de transparência configuram graves violações de direitos humanos, rompendo com princípios que deveriam nortear toda ação do Estado: legalidade, transparência, necessidade, proporcionalidade, precaução e responsabilidade.

Manifestamos nossa solidariedade às famílias em luto e às comunidades afetadas, tendo a certeza que cada vida interrompida expõe o fracasso de um modelo de segurança que adota o sangue como ferramenta de controle e o medo como forma de governo.

Segurança pública é para proteger, não para matar!

Alexandre Guedes
Presidente